Invicto e mirando o cinturão, Robson Conceição luta neste sábado

Campeão olímpico em 2016 já venceu oito vezes no boxe profissional e enfrenta o americano Edgar Cantu

POR GABRIEL TOSCANO

Globo .com25/08/2018 7:00

Conquistar uma medalha de ouro olímpica é o ponto mais alto da carreira de muitos atletas, para o pugilista Robson Conceição foi apenas o meio do caminho. Depois de subir ao alto do pódio em 2016, o baiano ingressou no boxe profissional e vive o sonho de disputar o título mundial. Por enquanto, lutou oito vezes e venceu todas, cinco por nocaute. Neste sábado, enfrenta o americano Edgar Cantu em Glendale, Arizona, nos Estados Unidos, às 22h25. O canal Combate transmite.

– Depois da minha última luta, só tive uma semana de descanso e voltei a treinar. Foi uma preparação forte e intensa – explica Robson, se sentindo confiante.

A última vez que esteve no ringue foi no dia 30 de junho, quando Robson derrotou o equatoriano Gavino Guaman. Adversário deste sábado, Edgar Cantu tem 25 anos, vive no Texas e carrega um retrospecto de sete vitórias, dois empates e quatro derrotas – três em sequência nas últimas três lutas. Por ser uma luta preliminar, não há cotação nas casas de apostas, mas Robson é considerado favorito no embate valido pela categoria super-pena (até 58,97kg).

Desde que assinou com a Top Rank, umas das principais promotoras de eventos de boxe do mundo – a mesma que cuida da carreira do filipino Manny Pacquiao -, e mudou para o boxe profissional, Robson teve sua rotina um pouco alterada.

Como tem cerca de dois meses para se preparar para cada luta, passa os primeiro quarenta dias de treino na Bahia, treinando perto de casa e da família, no bairro da Cidade Nova, em Salvador. Nas duas semanas antes de entrar no ringue, vai para os Estados Unidos, onde finaliza sua preparação justamente na cidade onde vai lutar.

Nos Estados Unidos, é acompanhado pelo treinador Luiz Dórea, o manager Luiz Fernando e o preparador fisíco André Piccoli. O ritmo de treinos é mais pesado em relação ao boxe olímpico, nada que incomode Robson.

– Sempre gostei de treinar, de ser o primeiro a chegar na academia e o último a sair. Agora estamos treinando muito forte, mas esse é o jeito que eu gosto – diz.

Apesar de estar prestes a fazer apenas sua nona luta profissional, Robson carrega na bagagem mais de 400 duelos pelo boxe olimpíco, de acordo com a equipe do pugilista. Experiência que faz a diferença dentro do ringue e pesam a favor de Robson, que vai voltar a lutar em outubro e dezembro e espera disputar o título mundial da WBO (Organização Mundial de Boxe) já no ano que vem. Atualmente, quem detém o cinturão é o japonês Masayuki Ito.

O boxe masculino não tem um campeão mundial brasileiro entre as principais organizações do mundo desde 2007, quando Acelino “Popó” de Freitas perdeu seu cinturão para o mexicano Juan Díaz. No feminino, a paulista Rose Volante é a atual campeã peso-leves.

 

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